segunda-feira, 11 de agosto de 2003

Em homenagem ao dia dos pais, transcrevo esta meditação que recebí via E-mail...

DIA DO PAI
(Esta é uma história real.)
Seu nome era Robert Thom, mais conhecido como Bob. Nasceu pobre e logo ficou sem os pais. Foi internado num orfanato, e lá experimentou as maiores agruras que uma criança poderia conhecer.
O tempo passou e Bob, afinal, chegou aos 18 anos, quando teve que se virar sozinho. Posto na rua pelo orfanato, logo começou a beber e a gastar com bebida tudo o que ganhava.
Assim era, e a cada dia Bob afundava-se mais e mais. Rolava em valetas, e ali passava as noites após fecharem os bares. Qualquer lugar lhe servia, desde que pudesse beber.
O orfanato de Bob, entretanto, era evangélico e havia-lhe ensinado a confiar em Deus. Naqueles dias, porém, Deus era apenas uma lembrança para o pobre bêbado.
O tempo passa mais um pouco e um dia ele, por um desses grandes milagres do Pai Celeste, acaba entrando numa igreja evangélica. Ali refaz seu encontro dos tempos de criança com Jesus e decide subordinar-se a ele. Mas, apesar da vontade, o vício latente não o abandona, e seguidamente, apesar dos esforços, lá estava Bob novamente entalado em valetas fétidas, às vezes até carregado pela força das águas das chuvas.
Mas, o bom pai jamais abandona um filho...
Apesar de tudo, uma vez que decidira entregar sua vida a Deus, aos poucos os céus fazem sua parte e um dia, finalmente, Bob se livra do vício, casa-se com uma distinta mulher, tem vários filhos e se realiza. Torna-se pastor evangélico e grande missionário. Passa a pregar na Ásia, Europa, América e África do Sul - este último, seu país-natal.
Certa ocasião, querendo ir de Londres à África do Sul, viu que o navio (eram os tempos antigos, na ocasião) não dispunha de mais cabines para ele. Aí ele pergunta para Deus: "Senhor, o que faço?". E Deus lhe responde: "Vá até a cabine de bilhetes e tente comprar um". Ele vai. Ao que o bilheteiro lhe responde: "Está louco, você? Sabe qual é o tamanho da lista de espera? Centenas de pessoas estão à sua frente aguardando uma vaga! Desista, você nunca irá neste navio!".
Bob não desistiu. Ficou ali, parado. De repente, o capitão aparece no alto da escada, e, com megafone na mão, grita para todos: "Atenção, há algum religioso aí? Temos uma pessoa passando mal e necessitamos de alguém. Por favor, se há algum reverendo aí, que suba imediatamente.
Bob falara para o homem da cabine dos bilhetes que era pastor. Então o bilheteiro mandou que o encaminhassem à escada e subisse a bordo, atendendo ao pedido do capitão. Minutos depois Bob estava partindo, alegre e realizado. Mais uma vez, o Pai lhe ajudara.
Naquele transatlântico de luxo havia muitos ricos. Pessoas tristes e amarguradas encontravam-se às dezenas, e Bob resolveu, num momento em que a orquestra tocava durante o primeiro jantar, pegar o microfone e dizer algumas palavras de conforto a elas. Foi uma choradeira só... O capitão, a partir dos insistentes pedidos dos viajantes, pôs Bob para falar ao microfone todas as noites, e ao fim da viagem, centenas de pessoas estavam convertidas e prometeram, como ele um dia, deixar a vida de erros e futilidades e subir um nível acima. Mais uma vez, o Pai fizera a Sua parte. E Bob sentia-se útil e feliz.
Assim como esta, muitas outras histórias há para ler em seu livro "O vinho novo é melhor".
Bob foi um grande cara, uma pessoa sensacional, cheio de amor para com os pobres e necessitados, fossem eles quem fossem. E foi um pastor realizado e com muitas experiências com o seu Deus. Começara mal, é verdade; mas, terminara bem.
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Amigo leitor, não sei se você tem pai, e se ele é ou foi bom, se você é pai ou não, se ama seus filhos e se foi amado ou não pelo seu pai. O que quero dizer é que todos temos um pai. Um pai com "p" maiúsculo, que cuida de cada um do modo como cuidou do Bob.
Eu poderia homenagear somente os pais humanos, hoje. Mas, prefiro homenagear primeiro o Pai dos pais, Deus. E quero dizer que, assim como Ele aceitou um filho promíscuo e aparentemente perdido para a sociedade - Bob -, Ele me aceita e aceita você como você é. Não te quer bem porque você é legal, bacana ou porque "faz direitinho as lições de casa" no mundo espiritual. Não: Ele te ama porque Ele é bom. Se somos de fato à Sua imagem e semelhança, isso já é outra história e não altera Seu amor por nós. Por isso é um pai excelente.
Você pode estar se sentindo uma droga, um zero à esquerda - e até pode, de fato, ser um bolha, uma promíscua, uma prostituta verdadeira, um bêbado, um viciado em drogas ou sei lá mais o quê -, ou então, ser um pai zeloso, uma mãe, esposa ou filha que se mata de trabalhar para manter a unidade da família e a cabeça no lugar - você pode ser uma coisa ou outra, mas, saiba, nada disso muda a forma dEle, do Pai, te olhar. Ele te ama e pronto! Ama o bom e ama o mau. E acabou. Seja você doce ou malvado, bacana ou perdida, Ele te aceita como você é. Pode não gostar do que você faz, mas certamente te ama. Por isso eu o chamo de PAI. Ou, como dizia Jesus, "abba" - paizinho, em sua língua nativa. E, através dEle, faço uma homenagem também a todos os outros pais: aos excelentes, aos bons, aos médios, e aos razoáveis como eu.

Feliz Dia dos Pais, Deus!
Feliz Dia dos Pais, pai leitor!

Cezar Augusto Ribeiro

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