quinta-feira, 22 de setembro de 2005

A vida parece escorrer por entre nossos dedos; Sabe Time, do Pink Floyd?

And then one day you find
E então um dia você descobre

ten years have got behind you
Que dez anos ficaram para trás

No one told you when to run,
Ninguém te disse quando correr

you missed the starting gun
Você perdeu o tiro de partida

Pois é. Tanto ainda por lutar, tantos sonhos postergados e revisitados, tantas alegrias, tantas decepções, perdas, reencontros, desencontros.
O tempo passa... O espelho está diferente hoje. As rugas e os cabelos brancos começam a aparecer timidamente. Aquela velha sensação de dejà-vu, indo e voltando, indo e voltando, sem fim.
O sol, Ele nasce, sobe e desaparece.
A lua, às vezes plena, às vezes tímida.
Os números... Mudam a cada fração desta coisa chamada tempo.
Não sei quanto ainda me resta, não sei nem se vou dizer o que sinto, não sei nem o porquê de estar me preocupando com isto, não sei nem se terminarei de expor o que estou pensando.
A vida às vezes parece sem sentido. Outras vezes tudo faz sentido.
Quisera estar numa quimera, onde tudo fosse descoberto, onde não houvesse tempo.
Estou só dentro de mim mesmo. Quero gritar, quero chorar, quero saber o porquê.
Acordarei eu desta Matrix?
Vida que segue. Vou dormir e reviver a rotina. Responsabilidades urgem minhas atitudes
Parando deixarei de ouvir novamente o tiro de partida e outros dez anos se passarão. Ou será que não viverei o bastante para ver estes dez anos passarem?
E quem verá...
Minha vida então será uma exclamação, um ponto final ou uma interrogação?
Reticências para a vida, reticências para a morte, reticências para o tempo.
Até onde me aguentar, me leva tempo nos cabelos de tua longa barba.

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