segunda-feira, 23 de dezembro de 2002

Livramento
Neste Domingo um fato inusitado ocorreu em minha vida. Fomos eu, minha noiva Patrícia, um amigo e outros dois casais ao Porto das Dunas, uma praia próxima a Fortaleza.
Após um dia de muita diversão estávamos voltando para casa quando na avenida Dedé Brasil, próximo a Sefaz sofremos um acidente que poderia ter virado tragédia se não fosse o livramento de Deus.
Vínhamos eu, Patrícia, Sérgio, Kelly e seu marido Alexandre que dirigia o carro, um Bugre recém-comprado. Por volta das 16:00 horas quando chegávamos naquele ponto, Alexandre, que trafegava próximo a velocidade de 50 Km/h não percebeu uma lombada. Ao frear, o eixo da roda traseira direita do Bugre quebrou, fazendo com que Alexandre perdesse o controle do Carro. Em fração de segundos uma série de ações se desenvolveram e eu pude perceber a atuação dos anjos de Deus nos guardando.
O carro ao descer a lombada rabeou e ia invadir a mão contrária, onde vinha um caminhão. Alexandre então puxou o volante para a direita bruscamente, o que fez o carro dar um giro de 180o. Neste ínterim frações de segundo viram eternidade e eu pude perceber e pensar várias coisas. Primeiro com o estouro da suspensão me segurei forte no Santo Antônio. Pude observar uma S-10 que vinha atrás de nós frear. Vi o Sérgio caindo do carro e pensei: Este já caiu. Preocupei-me ao ver o Bugre invadindo a pista contrária e se aproximando do caminhão e por último na manobra final esperei o carro capotar, o que não aconteceu.
O carro enfim parou e pudemos então perceber o que realmente tinha ocorrido. Eu e Patrícia estávamos bem, ainda seguros em cima do carro, mas ficamos preocupados com Sérgio que supostamente deveria estar no chão. Por mais incrível que possa parecer, isto não ocorreu. Sérgio com uma mão só segurou na barra lateral do Bugre e deu uma volta no ar, caindo em cima do banco do passageiro dianteiro, no colo da Kelly. Ambos apenas se escoriaram levemente.
O fato do bugre não ter capotado ou ter batido de frente com o caminhão pode até ser justificado pela perícia do motorista, mas a queda do Sérgio que não aconteceu só me remete à sensação de que anjos poderosos de Deus tomaram conta de nós naquele momento. Você até pode chamar de sorte ou qualquer outra coisa, mas eu só posso dedicar este fato à providência divina.
Só pra terminar este Post e pra você sentir o drama, transcrevo o que meu irmão John disse a minha mãe quando contou esta estória a ela:
“ Mãe, pode agradecer a Deus que hoje eu fui buscar o David e a Patrícia vivos, quando eles poderiam muito bem estar mortos”... E sem exagero nenhum da parte dele, acho que hoje nascemos de novo...

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